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domingo, 1 de outubro de 2017

Conhecendo a História da Química através de uma Peça Teatral

28 Abril 2017- Clementina Lona Costa
Teatro: O surgimento dos Modelos Atômicos (Autoria: Taiane Letícia Dlugoviet)
Personagens: Narrador, Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes, Parmênides, Heráclito, Anaxágoras, Empédocles, Leucipo- Demócrito, Aristóteles, Copérnico, Brahe, Cardano, Gray, Stahl, Lavoisier, Discípulo de Lavoisier, Dalton, Thomson, Aluno de Thomson, Rutherford, Geiger, Marsden e Bohr.

ATO I
CENA I
Narrador: Anos Antes de Cristo durante uma assembleia na Grécia Antiga, que era aberta a todos os cidadãos do sexo masculino, com mais de 21 anos, ocorreu a seguinte discussão:
Tales de Mileto: (olhando para cima, com uma expressão de dúvida) Caros amigos fico sempre pensando do que nós e todas as coisas somos feitos?
Anaximandro: (vira-se, respondendo e olhando o mestre) Mestre Tales acredito que as coisas são feitas pelo apeiron algo não definido, não material que não podemos ver ou sentir mas que está sempre mudando.
Anaxímenes: (observando e ouvindo a conversa, indaga Anaximandro) Mas, mestre Anaximandro não seria toda a matéria composta por ar, pois ele está em todos os lugares?
Narrador: A partir disso começou uma discussão de como a matéria, (todas as coisas do mundo) eram formadas, então cada filósofo apresentou a sua opinião. 
Parmênides: Ora, não sejam tolos a natureza é o ser que não se move, ela está parada e não pode ser mudada, já o não ser que é o vácuo é mutável e tem movimento.
Heráclito: Parmênides... não diga bobeiras, o universo é feito por duas forças que procuram equilíbrio através do movimento.
Anaxágoras: Senhores não discutam, eu acredito que a matéria é feita de sementes que tem quantidades muito pequenas de tudo que existe no universo, e as sementes podem ser divididas e organizadas de várias maneiras para formar tudo o que existe.
Narrador: Então Empédocles fala:
Empédocles: Huuuummmm... Eu acho que a matéria não é feita por somente um elemento, mas sim por quatro elementos: terra, ar, fogo e água e esses são unidos pelo amor e separados pelo ódio.
Leucipo e Demócrito: Bom, eu Leucipo e meu discípulo Demócrito acreditamos que a matéria é formada por partículas tão pequenas que não se podem dividir e quando unidas de diferentes modos formam tudo o que conhecemos.
Aristóteles: hahaha... Vocês são muito engraçados... A matéria não é feita de nada disso que vocês disseram. No mundo existem 4 qualidades: As ativas que são as substâncias quentes e frias e as Passivas que são as substâncias secas e úmidas. Quando essas duas qualidades se combinam surge a matéria primordial: terra, ar, fogo e água. E ponto final, vamos parar e discutir coisas óbvias como esta.
Narrador: Com a influência exercida de Aristóteles encerrou-se a discussão sobre constituição da matéria.

ATO II
Narrador: Com o passar dos anos muitos estudiosos contribuíram para a formulação de novas ideias da constituição da matéria. E em 1529 depois de cristo, começou-se a duvidar que a terra (homem) era o centro do universo, como até então se acreditava.

CENA I
Copérnico: (Olhando para o céu, e pensando em voz alta) A terra não pode ser o centro do universo, mas sim o sol, a Terra é só mais um planeta que orbita em seu redor.
Narrador: Então Brahe ouvindo de longe e se aproximando devagar.
Brahe: Olá Copérnico. Acho que você está certo, andei observando as estrelas e vi que elas se movem, acho que a teoria de Aristóteles não está muito certa não.
Copérnico: Olá meu amigo, também estou achando isso minhas pesquisas só dão certo se o sol for o centro do universo.

CENA II
Narrador: E no século XV (15), Girolamo Cardano, realizava seus experimentos sobre a natureza elétrica da matéria, até que:
Cardano: (atritando a caneta na cabeça e aproximando-a de papeis picados): Caraaaacaaaas por que os corpos se atraem, será que é um fluido que passa de um material a outro???

CENA III
Narrador: Com a mesma dúvida, mas em outro momento, no século XVI (16), Stephen Gray se fazia a mesma pergunta.
Gray: (atritando a caneta na cabeça e aproximando-a de papéis picados e depois de uma borracha) Interessante, existem materiais que conduzem eletricidade e outros que não o fazem... AHÁÁ
Narrador: Stephen Gray percebeu através de experimentos que a eletricidade poderia ser transmitida de um objeto a outro. Com o início desses estudos, e através deles, se deu origem a várias descobertas, sobre a força eletrostática e a eletricidade entre outros.

CENA IV
Narrador: Alguns jovens cientistas, como o George Stahl tentavam entender a matéria observando a combustão, quando no começo do século XVIII (18) Stahl elaborou a Teoria do flogisto.
Stahl: (observando uma vela queimando) Quando eu queimo a vela alguma coisa está sendo liberada... Huuummm Já sei essa coisa é o flogisto, o que faz as coisas queimarem, coisas que não queimam não tem flogisto.

CENA V
Narrador: Em 1774, Priestley havia descoberto um novo gás, com o qual Lavoisier passou a estudar e a fazer experiências.
Lavoisier: (observando uma vela queimando e tampando-a com um copo) Quando eu tampo a vela apaga mais rápido, quando eu não tampo a vela queima por mais tempo... Existe algo no ar que faz o fogo queimar vou chamar essa parte de ar de Oxigênio.
Narrador: Com isso, ele demonstrou que aquele novo gás era necessário para que ocorresse a queima.
 Lavoisier: (agora pesando uma folha de papel e cinzas) Olhaaa... o papel queimado e as cinzas têm mesma massa, isso significa que na natureza nada se cria nada se perde, tudo se transforma!
Discípulo de Lavoisier: Mestre não entendi essa tal de conservação das massas?
Lavoisier: Caro discípulo, isso significa que a carne de hoje é o bolinho de amanhã.

ATO III
CENA I
Narrador: Mais anos se passaram até que os modelos atômicos fossem elaborados. O primeiro modelo atômico foi elaborado por John Dalton, no século XVIII (18), influenciado pelos estudos de Lavoisier sobre a composição do ar.
Dalton: (olhando para o “ar” ao seu redor) Seria o ar composto pelas menores partículas de matéria? Huuummm.. Talvez seja mesmo como Leucipo acreditava a matéria formada por átomos indivisíveis, indestrutíveis e maciços.

CENA II
Narrador: Thomson, na metade do século XVIII (18), analisando seus estudos com a Ampola de Croocks formulou outro modelo atômico.
Thomson: (observando um desenho da ampola de crooks) Se os raios catódicos são desviados por um imã eles devem ser negativos
Aluno de Thomson: Mas professor o que são esses raios catódicos?
Thomson: Pois bem meu aluno... eles são as partículas negativas que existem no átomo, então o átomo possui partículas positivas e negativas dentro dele.

CENA III
Narrador: No final do século XVIII (18), Rutherford, Geiger e Marsden realizavam um experimento com a lâmina de ouro.
Geiger: Olha Marsden alguns feixes de luz atravessam a lâmina de ouro, outros desviam um pouco e outros desviam totalmente
Marsden: Que coisa estranha Geiger, vamos consultar o professor.

Narrador: Os dois vão falar com Rutherford
Rutherford: Huuuummm... deve haver mais coisas neste átomo do que elétrons... Acho que o átomo pode ser dividido em um núcleo positivo muito pequeno que tem elétrons girando em espiral ao seu redor.
Marsden: Sim professor, isso explicaria porque a maior parte dos feixes de luz atravessam a lâmina de ouro e uma pequena quantidade desvia totalmente.

CENA IV
Narrador: Ainda estudando o modelo de Rutherford.
Niels Bohr: (em pé na porta) Olá professor, tenho uma dúvida!
Rutherford: (sentado na mesa) Diga Bohr!
Niels Bohr: (Se aproximando) No seu modelo os elétrons giram em espiral, mas dessa forma eles não iriam perder energia até se encontrarem com o núcleo assim colapsando?
Rutherford: (com cara de indignado) Sim Bohr, mas como podemos explicar o comportamento dos elétrons em órbita?
Niels Bohr: Andei lendo os estudos de Planck e acredito que os elétrons estão dispostos em círculos em volta do núcleo que são chamados níveis de energia, se os elétrons recebem mais energia eles vão a um nível mais alto, mas logo perdem essa energia e retornam ao nível inicial.
Rutherford: Muito boa sua teoria Bohr, vamos estudar mais e publicá-la.


Narrador: Então assim se desenvolveram as teorias da constituição da matéria desde a Grécia Antiga até a ideia mais aceita até hoje, mas não podemos esquecer que as teorias estão sempre melhorando e daqui alguns anos voltaremos para contar a continuação dessa história.
Iniciando-se a aula, separou-se os alunos em grupos de acordo com a cena que cada um deveria fazer, assim distribuiu-se os personagens e cada aluno ganhou uma fala, primeiramente os alunos leram a fala do personagem que lhe foi proposto, em seguida levou-se os mesmos para o pátio da escola, para treinarem com os demais colegas do grupo a atuação na cena, treinou-se novamente a fala dos alunos, e ensaiou-se seus movimentos e expressões que deveriam ocorrer no momento da apresentação. E por final realizou-se dois ensaios gerais com todos os alunos.

Fotos dos materiais confeccionados pelos acadêmicos do PIBID para darem suporte a alguns atos da peça






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